Empresa mira 10 mil BTCs após seguir Metaplanet
A Bitplanet, uma empresa listada na bolsa sul-coreana, deu um passo ousado ao comprar 93 BTCs (Bitcoins) como parte de sua estratégia para acumular ativos digitais. Com planos de atingir um montante total de 10 mil Bitcoins, a companhia almeja mobilizar US$ 40 milhões para essa empreitada.
Essa é a primeira vez que uma empresa pública da Coreia do Sul estabelece uma tesouraria focada em criptomoedas. A Bitplanet fez sua aquisição inicial no dia 26 de outubro, em um movimento que marca o começo de um ambicioso plano de acumulação diária desse ativo.
A ideia é respaldada por Simon Gerovich, CEO da Metaplanet, e pela Sora Ventures, uma gestora de capital de risco. Essa estratégia inovadora não apenas coloca a Bitplanet na vanguarda do setor, mas também configura a primeira compra de Bitcoin feita por uma empresa pública coreana através de um canal regulado.
Durante o evento Bitcoin Asia 2025, realizado em agosto, a empresa já havia sinalizado sua intenção de investir US$ 40 milhões nessa iniciativa. Além do novo nome, que substitui a antiga identidade de SGA Co., Ltd., a Bitplanet começou a divulgar suas transações em uma plataforma de monitoramento, tudo seguindo as regras estabelecidas pela Comissão de Serviços Financeiros da Coreia.
Empresa Quer Acumular 10 Mil BTCs
Com uma receita de mais ou menos US$ 55 milhões nos últimos doze meses, a Bitplanet conseguiu um lucro líquido de aproximadamente US$ 3,4 milhões, o que indica operações financeiramente estáveis. Antes de adotar o modelo de tesouraria de Bitcoin, a empresa se dedicava a serviços de TI e integração de sistemas, com foco em cibersegurança e infraestrutura para clientes corporativos e governamentais.
Paul Lee, co-CEO da Bitplanet, ressaltou que a empresa implementou governança mais robusta após a transição, tornando-se ainda mais rigorosa em relação às diretrizes atuais da FSC (Comissão de Serviços Financeiros) da Coreia. Isso demonstra o comprometimento em cumprir, e até superar, as exigências da nova Lei Básica de Ativos Digitais do país, que visa uniformizar padrões para emissão de tokens e custódia.
Ásia se Destaca na Adoção Corporativa de BTC
Recentemente, um relatório da Cryptonews indicou que as famílias ricas da Ásia estão ampliando suas alocações em criptoativos. Usando fundos privados e empresas públicas, esse grupo está aumentando sua exposição, mesmo frente à volatilidade que o mercado pode apresentar.
A NextGen Digital Venture, de Cingapura, arrecadou mais de US$ 100 milhões para seu Next Generation Fund II. Máquinas de investimento também estão em movimento; por exemplo, alguns family offices na China planejam destinar até 5% de seus portfólios a criptomoedas, especialmente atraídos pelas novas gerações.
No Japão, a Lib Work, listada em Tóquio, anunciou uma tesouraria de Bitcoin de US$ 3,3 milhões. A Metaplanet, por sua vez, elevou suas reservas para mais de 30 mil BTCs ao adquirir 5.268 unidades, o que representa aproximadamente US$ 3,5 bilhões.
Recuperação do Bitcoin e Avanço Institucional
O anúncio feito pela Bitplanet surge em um momento em que o Bitcoin mostra sinais de recuperação. Em outubro, a criptomoeda subiu cerca de 3,7%, alcançando a marca de US$ 115,2 mil. Esse movimento aconteceu logo após a recuperação de mínimos próximos a US$ 107 mil, após uma liquidação de US$ 19 bilhões em posições alavancadas.
O Bitcoin continua com uma alta acumulada de quase 6% no último mês. O cenário ficou ainda mais favorável devido a dados de inflação mais baixos do que o previsto nos Estados Unidos, o que alimenta a expectativa de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve em dezembro.
Agora, o interesse institucional por tesourarias de criptoativos está em alta, e a expectativa é que empresas como a Bitplanet continuem a abrir caminho nesse novo cenário econômico.





